HISTÓRICO: MAIO

Oração da Noa.

Em 16 de maio refletimos sobre o papel dos leigos na Igreja definido pelo Concílio Vaticano II e como isso se concretiza na vivência da condição de oblato de São Bento. Para tanto lemos e refletimos o texto "Resurrectio Domini", de Ir. Henrique obl/OSB e um trecho da Constituição Dogmática
LUMEN GENTIUM do Concílio.

Encerramos nosso encontro com uma confraternização.

ESTUDO DE ABRIL

REGRA DE SÃO BENTO


CAPÍTULO 72 - Do bom zelo que os monges devem ter

[1] Assim como há um zelo mau, de amargura, que separa de Deus e conduz ao inferno, [2] assim também há o zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus e à vida eterna. [3] Exerçam, portanto, os monges este zelo com amor ferventíssimo [4] isto é, antecipem-se uns aos outros em honra. [5] Tolerem pacientissimamente suas fraquezas, quer do corpo quer do caráter; [6] rivalizem em prestar mútua obediência; [7] ninguém procure aquilo que julga útil para si, mas, principalmente, o que o é para o outro; [8] ponham em ação castamente a caridade fraterna; [9] temam a Deus com amor; [10] amem ao seu Abade com sincera e humilde caridade; [11] nada absolutamente anteponham a Cristo - [12] que nos conduza juntos para a vida eterna.

HISTÓRICO: ABRIL

Em 17 de abril ocorreu mais uma e oblatos

Iniciamos com a oração da Noa.

Estudamos o texto “Oblato: um cristão desejoso de viver mais plenamente a vida cristã, seguindo a espiritualidade beneditina”, de Me. Martha Lúcia Ribeiro Teixeira, OSB, do Mosteiro Nossa Senhora da Paz. (Postado no dia 20 de fevereiro).

Depois estudamos o Capítulo 72 da Santa Regra: “Do bom zelo que os monges devem ter”

Confraternização de encerramento.

XV CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SÃO BENTO: ANGELUS

Desde o inicio das atividades deste blog estamos tendo contato com as obras realizadas por São Bento e pelos seus discípulos ao longo dos séculos através das palavras dos Papas. Neste dia em que celebramos a memória de São Bento continuaremos esta caminhada.

Desde 21 de março passado estamos “acompanhando” o Papa João Paulo II em sua peregrinação a Núrsia, local de nascimento de nosso Pai Bento, em 23 de março de 1980.

Num primeiro momento lemos o discurso às vítimas de um trágico terremoto que havia acontecido naquele lugar.

Em 11 de abril tivemos contato com o discurso feio às autoridades civis.

No mês de maio, dia 2, lemos a homilia proferida pelo Santo Padre na Santa Missa rezada naquele dia.

Agora acompanharemos a oração do Angelus.

PAPA JOÃO PAULO II

ANGELUS

Praça de São Bento, Nórcia
Domingo, 23 de Março de 1980

1. Peregrinando pela terra de São Bento, paramos neste lugar para recitar juntos o Angelus: para meditar mais uma vez a verdade da exaltação do homem no Mistério da Encarnação de Deus. Eis que o homem é exaltado, é exaltada a Virgem que, acolhendo a Palavra, responde:

Eis aqui a serva do Senhor (Lc 1, 38).

Nesta concepção e na natividade do Filho de Deus da Virgem Maria, todo o homem é exaltado.

Viemos hoje — quinto domingo da Quaresma — em peregrinação à terra natal daquele homem que recebeu esta exaltação no mistério da natividade do Filho de Deus da Mãe-Virgem. Aquele homem tem o nome de Bento — isto é de "Bem-aventurado". Peregrinamos pela terra "do bem-aventurado", de Bento de Nórcia, depois de mil e quinhentos anos do Seu nascimento.

2. Esta terra foi recentemente atingida pelo terremoto. A terra tremeu, caíram os velhos edifícios e numerosas habitações. Estamos agora no meio destes homens, e com eles rezamos no jubileu de São Bento.

Neste tempo tão solene e especial, no qual a Igreja recorda as palavras do Senhor: sempre que fizestes isto a um destes... a Mim mesmo o fizestes (Mt 25, 40), ninguém esqueça os homens, os Irmãos atingidos pelo terremoto, porque este é o tempo da conversão: a Quaresma. Nós convertemo-nos todas as vezes que a um dos nossos irmãos fazemos aquilo que Cristo espera de nós.

3. Neste período de penitência e de conversão, meditamos a verdade sobre o Verbo que não passa sobre a terra que passa, porque a aparência deste mundo passa (1 Cor 7, 31).

Passa. Ela era outra nos tempos de Bento de Nórcia, outra no curso de todos os séculos e de todas as épocas que foram inscritas na sua história. E outra é hoje. A mesma terra é diversa. E os homens, que são homens do mesmo modo, hoje são outros. Outra é a figura que os homens dão ao seu mundo humano, e outro é o mundo em que vivem. Mesmo quando nascem e morrem, se relacionam e amam, se alegram e sofrem, assim como também, é diverso o seu conhecimento e são outros os seus sofrimentos.

Muitas vezes passou a aparência do mundo juntamente com os homens que aqui a formaram, nesta terra, desde o tempo em que nela nasceu Bento, na qual, com ele, começou a nascer também o novo vulto desta terra, e de tantas outras em redor.

Bento, de facto, foi santo. Foi o homem do Espírito. O Espírito renova a face da terra. A terra passa. Só o Espírito Santo renova a face da terra. O Espírito Santo, por obra de Bento de Nórcia, renovou a face desta terra e de muitas outras em redor. A face da Itália e da Europa.

4. Nesta terra hoje rezamos. Rezamos pela Itália e pela Europa no lugar do nascimento do Santo. Rezamos pelos homens e pelas famílias, rezamos pelos povos e pela Igreja. Pedimos pela paz da Europa e de todas as outras partes do mundo. Pedimos pela liberdade do homem, a qual corresponde à dignidade das suas ideias e obras. Pedimos pela justiça social e pelo amor verdadeiro, sem o qual a vida humana não respira a plenos pulmões. Rezamos por que cesse esta terrível ameaça para o homem, que os meios contemporâneos de destruição trazem consigo, e a ameaça que se esconde nos corações dos homens prontos a matar e destruir.

5. Neste dia de reflexão e de oração, promovido pela Conferência Episcopal Italiana, contra a violência e contra o terrorismo, pedimos ao Senhor que toque os corações e detenha a mão homicida de quantos estão envolvidos nas obscuras tramas do ódio e dos delitos, e que todos sintam o dever de colaborar no afastamento de tais absurdas atrocidades e de testemunhar com a sua vida os valores inestimáveis da paz, da fraternidade e do amor recíproco. Como já disse na Irlanda, hoje repito a quantos possam ter sido enredados no triste fenómeno do terrorismo: "a violência é um mal, a violência é inaceitável como solução dos problemas, a violência não é digna do homem, a violência é mentira, porque se opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida e a liberdade dos seres humanos" (Homilia em Drogheda, 29 de Setembro de 1979).

Como diz a mensagem do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Italiana para o Dia de hoje: "Muito sangue e muitas lágrimas já foram derramados. Os caminhos justos são os do amor, que não é fraqueza nem covardia: o amor é a única força segura, a única fonte de vida, a garantia única de uma autêntica e justa convivência social".

São Bento, artífice da paz e da concórdia nos séculos que conheceram a divisão provocada pelo ódio e as crueldades, interceda por que desapareçam as forças do mal, que irrompem com ímpeto no mundo e nos corações, de tal modo que se renove a face da terra; desta terra; deste continente, do qual Ele é Patrono.

6. Rezemos também pela Igreja que, em meio às provações da terra, procura a sua unidade em Cristo. Esta é a sua constante conversão. Particularmente no momento presente de penitência e de conversão. Que a Igreja se converta a Cristo, ao seu Senhor e Redentor, Mestre e Esposo!

São Bento foi para esta terra o arauto da conversão na Igreja. Ensinou a interpretar os sinais dos tempos que passam, para compreender e cumprir a Palavra de Deus que não passa.

A Igreja converte-se a Cristo quando interpreta os sinais dos tempos, e não quando se torna semelhante a "este mundo" que passa. O Apóstolo, de facto, ensina: Não vos conformeis com este século (Rom 12, 2) que passa..., tornai aquilo que passa semelhante à Palavra que não passa.

Viemos em peregrinação a esta terra natal de São Bento com um ardente desejo: que a Igreja dos nossos tempos se renove constantemente na Palavra que nunca desvanece.