

Nesta última segunda-feira, 12 de abril, a nossa querida Madre Paula Ramos completou seu 80º aniversário. Isto foi motivo de muita felicidade para todos os membros da família beneditina em Santa Cruz do Sul e para tantas outras pessoas que, em outros lugares do Brasil e do mundo, estão ligados de coração ao Mosteiro da Santíssima Trindade. Algumas destas pessoas estiveram no Mosteiro para uma Celebração Eucarística às 19hs e 30 min. seguida de uma confraternização partilhada.
Quando o Povo de Israel, durante a travessia do deserto, se empenhou na construção de uma tenda para o Senhor, Deus interveio através de pessoas que portavam a sabedoria: “coloquei a sabedoria no coração de todos os homens de coração sábio, para que façam o que te ordenei” (Ex 31, 6) disse Deus à Moisés. Do mesmo modo Ele interveio colaborando para que em Linha Travessa Tivéssemos a sua “tenda”. E a sabedoria advinda do seu Santo Espírito se fez através de Madre Paula, artífice do Mosteiro da Santíssima Trindade. Assim como “Vinha gente de todos os povos para ouvir a sabedoria de Salomão” (1Rs 5, 14), pessoas de todas as partes vem ao Mosteiro para ouvir os ensinamentos de Madre Paula e de suas irmãs. Ensinamentos que se dão pela fala, mas, sobretudo, pelas ações, assim como nosso Pai Bento diz aqueles que tem a função de dirigir um Mosteiro “apresente as coisas boas e santas, mais pelas ações do que pelas palavras” (RB 7, 12).
Que Deus nos permita cada vez mais aprender a viver melhor nossa opção de cristãos com a ajuda da Madre Paula. Amém!
Nesta semana somos convidados a continuar a nossa caminhada de aprendizagem sobre a pessoa de nosso Pai São Bento através dos Papas.
Em sua viajem a Núrcia o Papa João Paulo II se dirige à Câmara Municipal daquela abençoada cidade com as palavras abaixo.
DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II NA CERIMÓNIA DE BOAS-VINDAS A NÓRCIA
Domingo, 23 de Março de 1980
Senhor Ministro,
Senhor Presidente da Câmara Municipal
As palavras que, cortesmente, quisestes dirigir-me, em nome da População de Nórcia e de todo o povo italiano, são para mim motivo de honra. Agradeço-vo-las cordialmente, bem como, com a mesma viva cordialidade, saúdo em vós todos aqueles que as vossas pessoas e as vossas responsabilidades dignamente representam.
Como é sabido, a minha presença aqui em Nórcia deve-se a duas ordens de considerações. Antes de mais quis vir visitar os irmãos e irmãs postos em particulares apuros e necessidades materiais pelos recentes fenómenos sísmicos; e a este propósito é um dever de justiça exprimir o desejo de que tais condições de necessidade sejam o mais provisórias possível, de tal modo que, com a ajuda de Deus e com a boa vontade de todos, se chegue depressa a uma adequada solução das situações precárias actualmente suportadas, se bem que tão dignamente, pelos infortunados.
Em segundo lugar, a minha vinda a Nórcia é motivada pela ocorrência do décimo quinto Centenário do nascimento do Abade São Bento, que, precisamente aqui, viu a luz do dia no ano de 480. Ele foi e continua a ser um dos melhores filhos desta terra que é umbra e ao mesmo tempo italiana; e foi e continua a ser, também, um dos filhos mais insignes da Igreja de Cristo. A sua estatura humana e cristã permanece na história como um dos mais luminosos pontos de referência. Numa época de mudanças profundas, quando a antiga estrutura romana começava a derruir e estava para nascer uma sociedade nova sob o impulso de novos povos que apareciam no horizonte da Europa, ele assumiu responsavelmente a própria parte, que foi proeminente, de compromisso não só religioso, mas também social e civil. Promoveu o cultivo racional das terras, contribuiu para a salvaguarda do antigo património cultural literário, influiu na transformação dos costumes dos chamados "bárbaros" e instaurou um original tipo de vida comunitária submetida a uma "Regra" por ele escrita para tal fim. E isto não ao nível de um mesquinho e então desconhecido nacionalismo, mas, através dos seus Monges, em dimensões continentais, pelo que, e justamente, o meu Predecessor Paulo VI o proclamou "Padroeiro da Europa". Tudo isto se passou não contra, mas tendo por base e por força uma vida espiritual, de fé e de oração, absolutamente intensa e exemplar. Por isso, temos nele um exemplo verdadeiramente típico de fecunda e feliz conjugação entre os deveres humanos e cristãos, os quais, longe de se oporem, antes agem reciprocamente numa mesma pessoa, enriquecendo-a de maneira imprevisível.
Estes ideais de progresso e de paz, fecundados pelo Cristianismo, são actuais hoje como então. Por isso estou seguro de que a maior honra que podemos tributar a São Bento é a de o acolhermos ainda e sempre como mestre de vida.
Isto que desejo a mim próprio, aos habitantes de Nórcia e a todos os Italianos, corroborando tais votos com a minha sentida bênção.
Caros leitores, eis uma bela mensagem de Páscoa que recebemos de D. Abade Ernesto Linka e tomamos a liberdade de partilhar com todos os que acessarem o nosso blog:
Caríssimos irmãos, irmãs, amigos e amigas,
Nas celebrações desse Santo Tríduo, que dão sentido à nossa fé, peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine para que possamos refletir e vivenciar esse grande mistério.
O Verbo Divino, que pela encarnação assumiu um corpo humano semelhante ao nosso para fielmente realizar a vontade do Pai, mostrou-nos o sentido da obediência a Deus.
Jesus, pela Santa Cruz, pagou a nossa dívida, arrancou-nos da miséria, mostrou-nos o valor da humildade, restituindo-nos a condição de filhos de Deus.
Pela Ressurreição, o triunfo do amor, abriu-nos o caminho para o Pai. Com o coração pleno da graça, na alegria de filhos resgatados, celebremos uma santa e feliz Páscoa!
Fraternalmente,
D. Ernesto Linka, OSB
Aleluia, aleluia (bis)
Aleluia, aleluia (bis)
Aleluia, aleluia (bis)
Lá vem a barra do dia, (bis)
lá vem o filho de Maria. (bis)
A vida vence a morte
para a nossa alegria! (bis)
Aleluia, aleluia...
(Oração extraída do livro: O Dia do Senhor: Ciclo Pascal ABC, de Marcelo Guimarães e Penha Carpanedo, página 221.)