História do Mosteiro da Santíssima Trindade


Convidamos você leitor a conhecer um pouco da rica história do Mosteiro da Santíssima Trindade. Para tanto publicamos este belo texto escrito quando o mosteiro celebrava seu décimo aniversário. Se, depois de lê-lo, houver um maior desejo de conhecer as irmãs beneditinas do Mosteiro da Santíssima Trindade sinta-se convidado a conhecer o site do mosteiro, é só observar no lado direito deste texto onde está escrito "Sites amigos" e clicar no link que tem o nome do mosteiro.

Boa viajem pela história passada e presente da família beneditina em Santa Cruz do Sul!



UMA BREVE CRÔNICA



Neste ano de 2007, fazem dez anos que era o mês de janeiro e o dia 25 foi uma bela tarde, não muito quente. A Catedral estava repleta de pessoas que foram para a missa das 17 horas, mas não só para isso. Iam também participar do nascimento do Mosteiro da Santíssima Trindade que, durante a Eucaristia daquele sábado, seria erigido canonicamente, isto é, passaria a existir de forma jurídica, na Igreja de Santa Cruz do Sul. Em seguida à homilia o Sr. Bispo leu o decreto de ereção canônica.

Depois da missa, concelebrada pelos três bispos amigos: D. Sinésio Bohn, D. Henrique Fröliche e D. Paulo Moreto, por Pe. Marcelo Guimarães, Pe. Edson Damian, Pe. Erno Birck, Pe. Sizo de Assis Lima, ainda mais setenta pessoas subiram até a Casa de Retiros a fim de participar do “Início do Louvor Divino” no Mosteiro, com o canto das Vésperas, precedido pelo Lucernário e seguido pela partilha de alimentos.


No dia 15 de outubro de 2000, depois de todo esse tempo de provisoria e precária instalação na Casa de Retiros, esperávamos colocar na terra a primeira pedra do mosteiro definitivo, num serro da Linha Travessa.


Mas “o homem põe e Deus dispõe”: as chuvas não permitiram colocar na data escolhida (dia da grande edificadora de Mosteiros, Teresa d’Ávila), o marco inicial das obras do Mosteiro.


Quem já viu o banner com a fachada do futuro mosteiro das monjas de São Bento pode ter-se perguntado: para que tanto telhado para uma pequena comunidade de irmãs?


Na verdade, um mosteiro é muito mais do que uma residência para as irmãs. E, ainda, o número das que o podem habitar não tem limite de crescimento.


Um mosteiro é uma pequena cidade onde as pessoas vivem, rezam, trabalham, estudam, acolhem e partilham com os que chegam, de perto ou de longe, a sua procura de Deus, a sua experiência de oração e a sabedoria de vida recolhida de uma tradição tão vasta como os quinze séculos da história beneditina. Ocorre sempre, também, uma fraterna partilha de recursos materiais, assim como se faz entre as famílias cristãs.


Se passearmos pela planta baixa do mosteiro, vamos encontrar duas regiões nitidamente distintas e fisicamente separadas: a área do acolhimento e a área da intimidade da família monástica. A igreja abacial faz o ponto de junção dessas duas regiões: ali todos se alimentam juntos com o pão da Palavra e com o pão da Eucaristia.


Na área do acolhimento encontramos as dependências da portaria e da administração, as salas para o atendimento, que são grandes para os grupos e bem pequenas para as conversas pessoais e o aconselhamento. Encontram-se também o refeitório e a pequena copa, com o fogãozinho para o chimarrão, destinados aos hóspedes. No segundo pavimento vamos encontrar os quartos dos hóspedes, um estar e outros espaços necessários.


Na parte íntima da comunidade temos o solene espaço do refeitório monástico, que guarda um paralelismo de estrutura e ritos com a igreja - na qual se põe a mesa da Eucaristia, a biblioteca cujo acervo está sempre em crescimento e é comparada ao arsenal daquela milícia do Senhor. A Biblioteca possui anexos tranqüilos e silenciosos, destinados à leitura e ao estudo.


O noviciado, é uma sala ampla onde as novas monjas recebem aulas, instruções e a iniciação aos usos monásticos. Inclui também a pequena sala onde a mestra recebe as noviças para conversas particulares.


Continuando nosso passeio chegamos à cozinha das monjas. Esta é a mesma que serve à hospedaria: assim os hóspedes adaptam-se a refeições bem feitas e bem apresentadas, mas
simples e sóbrias das irmãs.


Chamamos celas aos quartos de dormir porque na verdade são pequenas células, onde a monja tem apenas o leito, uma mesa de estudo e um pequeno roupeiro. É um espaço de total silêncio e intimidade pessoal. Só as irmãs enfermas recebem visitas na cela. É um lugar de oração, de estudo e de repouso.


As monjas devem viver do trabalho de suas mãos e esse trabalho deve ser feito “dentro dos claustros do mosteiro”, diz a Regra de São Bento e a legislação da Igreja.


Podemos então ir até as “oficinas”: a cozinha, a despensa, a lavanderia, a sala de costura, o ateliê de velas, o de restauração e o de desenho, a horta e o jardim, com seu depósito de ferramentas. Os diversos ateliês incluem-se entre as oficinas e cada mosteiro tem as suas próprias. Aqui em Santa Cruz, as irmãs fazem restauração de imagens, velas decorativas, licores e geléias e ainda cartões com mensagens. Há ainda as salas da administração, o arquivo e a secretaria.


Se não estão cansados convido-os a caminharem para a igreja.


Se desejam ainda andar, podemos ir ao escritório da superiora onde se organiza a vida comunitária e onde semanalmente as irmãs são atendidas para diálogo e orientação espiritual.


Do projeto consta a “Casa do Capelão” que na fase inicial da construção servirá como pequena hospedaria, para poucas pessoas.

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